25.10.12


Positivamente, quando o indivíduo, quando uma sociedade, quando uma civilização apela para um guia, isso indica um estado de desintegração. Uma sociedade criadora não tem guia, porque, nela, cada indivíduo é uma luz para si mesmo.

Quando batalhais contra o falso estais criando o meio de vida justo. Quando batalhais contra toda a estrutura da dissensão, da exploração por parte da esquerda ou da direita, ou contra a autoridade da religião e dos sacerdotes — essa é a profissão correta, no momento atual. Porque os que assim procedem criarão uma nova sociedade, uma nova civilização.

Sua antiga atração irresistível ao julgamento, culpa, ressentimento e raiva está desaparecendo, pois vocês reconhecem que o céu não vai cair se vocês escolherem não insistir que vocês estão certos.

Quando vocês fazem esta escolha, seus níveis de estresse reduzem enormemente, permitindo que vocês se divirtam, desfrutem o momento e "cheirem as rosas".

Tanto ansiamos por uma solução aos nossos problemas, que nunca nos detemos para considerar se o instrumento de que nos estamos servindo — a mente, minha e vossa — está verdadeiramente livre para investigar. A mente repleta de conhecimentos,
 crenças, teorias, não está, por certo, livre para investigar o verdadeiro. Mas, se pudermos compreender e dissolver o condicionamento, os preconceitos e dogmas que nos estão enevoando a mente, talvez então esta se torne livre para descobrir, pois, assim, a própria verdade atuará sobre o problema, em vez de ficar a mente lutando por uma solução por meio de seu próprio condicionamento — que não pode levá-la a parte alguma.

Cada um está interessado em obter um emprego e nele se manter, na esperança de promoções e de salários cada vez mais altos. Porque o que desejamos é segurança, garantia, uma posição permanente, e não a revolução, radical. Não são os que est
ão satisfeitos consigo mesmos, os que estão contentes, mas só os aventureiros, que fazem experiência com a própria vida, com a própria existência, que descobrem as coisas reais, uma nova maneira de viver.

16.10.12


Estais entrando na sequencia de grandes transformações planetárias, sociais e individuais como um detonador programado para equilibrar e refinar vossa sensibilidade e consciência espiritual. Como coletivo evolutivo, estais compartilhando a aula escolar terrestre que reflete a insensibilidade e egocentrismo nos quais estais ancorados

"A primeira coisa que nos cumpre fazer é observar com atenção, todas as murmurações, todos os temores, ilusões e desesperos de nosso próprio ser. E vereis então, por vós mesmos – e para isso não se necessita de provas, nem de gurus, nem de 
livros sagrados – se a Realidade existe. E encontrareis, então, um extraordinário sentimento de libertação do sofrimento. Aí existe a claridade, a beleza e aquela coisa que está faltando hoje à mente humana: o amor, a afeição”.

Constatarão que o amor é o único remédio, que ele é a nossa redenção, em que é possível o homem viver em paz com o homem, com felicidade, sem exploração, sem dominação, sem que uma pessoa se torne mais importante e superior, por obra da ambição, da astúcia.

As pessoas estão muito preocupadas em guerrear consigo mesmas. Elas não têm energia e não têm tempo para mais nada a não ser brigar com elas próprias. Elas têm de lutar contra a sensualidade, tem de lutar contra a individualidade, tem de lutar contra a originalidade. E tem de lutar por algo que elas não querem ser, que não faz parte da natureza delas, que não é o seu destino. Portanto, elas podem mostrar falsidade por um tempo, mas o verdadeiro sempre acaba aparecendo.
A vida passa, com seus altos e baixos, e elas não conseguem descobrir quem são: o repressor ou o reprimido? O opressor ou o oprimido? E, façam o que fizerem, as pessoas não vão conseguir destruir a natureza delas. Elas com certeza podem envenená-la; podem destruir a sua alegria, podem destruir a sua dança, podem destruir o seu amor. Podem tornar a vida delas uma mixórdia, mas não podem destruir completamente a sua própria natureza. E também não podem jogar fora a sua personalidade, porque a personalidade carrega os antepassados, os pais, os professores, os padres, todo o passado. É uma herança, à qual eles se apegam.
Ser indivíduo é ser único, interiormente distinto, tranqüilo, só. A mente que está só encontra-se liberta de todo o seu condicionamento. E qual a sua relação com a mente que se acha condicionada? Qual a relação de uma mente que é livre, com outra que não o é? Pode haver relação entre elas? Se vós vêdes e eu não vejo, que relação há entre nós? Podeis ajudar-me, guiar-me, dizer-me isto, aquilo ou aquilo outro; mas só pode haver entre nós um estado de relação, no exato sentido da palavra, quando ambos vemos, isto é, quando podemos comungar imediatamente, no mesmo nível e ao mesmo tempo. Só então, por certo, há possibilidade de comunhão — que é amor, não achais?