2.4.09

A Ciência da Mente


O uso sábio e adequado da energia do pensamento, para o serviço, não é para a maioria das pessoas um processo automático. Requer esforço e disciplina, além da compreensão dos princípios nos quais se baseia o uso criativo da mente. Os seguintes pontos nos revelam alguns dos fundamentos desta ciência da mente.

1 – O pensamento é criador, ao construir mediante a formulação, desenvolvimento e clarificação de idéias. É também comunicativo, pois a mente projeta as “formas de pensamento” para seu destino.

2 – A criação, mediante o pensamento positivo, requer uma consciência emocional estável, uma mente que pode manter um enfoque e concentração num tema ou idéia, sem interrupções ou distrações, e condições físicas que permitam conseguir isto.

3 – Requer-se uma pureza no motivo para realizar esta tarefa. Isto não é um ideal impossível; o propósito que move a ação deve ser o do serviço impessoal e desinteressado. Trabalha-se em benefício e para a inspiração de toda a família humana.

4 – A mente deve estar unida ao coração no serviço espiritual criativo. Cristo disse: “Como um homem pensa em seu coração, assim ele é” e se o pensador trabalha com um coração fechado ao fluxo do amor, o pensamento carecerá do magnetismo necessário para alcançar seu objetivo.

5 – Existem muitas maneiras de refletir sobre um determinado tema para poder esclarecê-lo e desenvolvê-lo. Deverá realizar-se um esforço para penetrar mais além das aparências externas em busca de um significado, de uma transcendência, de relações com outras idéias ou correntes de pensamento, ir em busca das causas e não dos efeitos. A intenção de conseguir isto levará o pensador a refletir sobre aquilo que não pertence à natureza da forma e que pode conduzi-lo à contemplação, fonte de inspiração e iluminação.

6 – O pensador, ao chegar a um certo ponto, deverá elevar a sua consciência para a alma (a consciência crística em nosso interior) e, meditando na luz da alma, unir-se, mentalmente, com a Hierarquia espiritual. Dessa maneira, ajudaremos a construir a conexão entre a mente de Deus e as mentes dos homens e mulheres e através deste canal podemos contribuir para que o Plano vá se instaurando nas consciências humanas. Ao mesmo tempo invocamos o fluxo de luz, de amor e de vontade para o bem para que, através deste canal, chegue às mentes e corações de todos.

7 – O pensador deverá dar-se conta de que somos, de fato, parte de um grupo mundial de pensadores, unido subjetivamente em qualquer trabalho de serviço criativo que se realiza mediante a energia do pensamento. Um pensador pode tanto contribuir com energia para o “centro de pensamento”, criado por um grupo, como extrair energia dele. Quando se está trabalhando com energia mental, mediante a união da consciência com o grupo, agrega-se poder à própria contribuição e à dos demais.

8 – As formas de pensamento deveriam ser construídas com tanto cuidado e precisão com se tratasse de uma casa. Assim como um arquiteto deve ter em conta o desenho, os materiais, as instalações elétricas, a iluminação, a calefação, os trabalhos de encanamento, e combinar todos estes elementos para que uma casa resulte bela, prática, econômica e agradável de habitar, da mesma maneira a pessoa criativa que trabalha com o pensamento deve ter em conta todos os fatores que são empregados na criação mental. Como existem milhões de casas mal desenhadas e mal construídas no mundo, também existem milhões de pensamentos inadequados e formas mentais relativamente inúteis. No processo de construção de formas mentais, a principal técnica empregada é a visualização mental.

As regras para o uso criativo da energia mental são as mesmas para a meditação, embora se deveria dar uma conotação mais ampla a este termo do que foi dado até agora. O cientista, que trabalha num laboratório tentando desvendar as leis da natureza, encontra-se ocupado numa forma de meditação. Planejar com cuidado como ajudar àqueles que necessitam, é meditação. A clarificação de conceitos filosóficos, a formulação de princípios filosóficos, é meditação. A aplicação do poder mental para resolver problemas governamentais e nas relações internacionais, é meditação. Em todos se aplicam os mesmos processos de pensamento. Os temas e, portanto, os pontos de ênfase diferirão, mas o processo é idêntico. Sempre que o motivo da tarefa seja o bem-estar de todos, sempre que se realiza um propósito e intenção desinteressados, pode se considerar que o trabalho realizado está respondendo aos princípios do Plano.

Pretende-se que a energia espiritual faça impacto sobre as mentes humanas, as quais são o único instrumento disponível, em seu efeito combinado, através do qual a Vontade de Deus pode se manifestar. O lugar que a humanidade ocupa no plano cósmico torna-se mais vital e evidente quando nos damos conta de que, uma de nossas responsabilidades principais, é o direcionamento das energias procedentes do plano mental e a criação daquilo que é desejado, de acordo com o propósito de Deus para Sua criação. Os homens e mulheres, em conjunto, estão atravessando uma etapa em seu desenvolvimento evolutivo que lhes permitirá criar mais conscientemente com a matéria. Isto implica uma realização do Plano arquetípico, com um processo consciente de criação voluntária, de tal modo que possamos cooperar com o ideal, trabalhar segundo as leis e produzir aquilo que está em consonância com o Plano.

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Ensinamentos do Mestre Djwhal Khul (O Tibetano) e Alice Bailey

Fundamentos do Plano


As circunstâncias e acontecimentos do mundo externo são produto das energias dominantes que circulam no corpo planetário etérico em cada período particular da história mundial. Até há pouco tempo, a maioria dos homens e mulheres respondiam, principalmente, à energia do impulso emocional. Eram realmente poucas as pessoas receptivas à energia mental e aos padrões de pensamento. Entretanto, esta situação mudou rapidamente no Século XX. Graças aos modernos sistemas educacionais, milhões de pessoas desenvolveram e estão desenvolvendo o poder de pensar e manejar a energia do pensamento. Aqueles que podem registrar e ceder a estes impulsos e padrões de pensamento que portam as sementes da cultura e civilização do mundo e que procedem da Mente Universal são na atualidade o suficientemente numerosos para formar um grupo mundial.

Diz-se que “o que está acontecendo no mundo, hoje em dia, vem determinado pelas idéias” e isto pode ser observado, claramente, nestes momentos. As pessoas que possuem algum conhecimento sobre o poder do pensamento, sobre os efeitos das correntes de energia mental, que fluem da mente, enfrentam uma situação de grande responsabilidade e que por sua vez lhes proporcionam uma grande oportunidade. Os pensamentos são energia e a energia segue o pensamento. Esta é a base de todo trabalho criador no plano mental. Se uma pessoa cujos pensamentos refletem a verdade pode transformar o clima mental do meio ambiente. Da mesma maneira, os pensamentos egoístas, não controlados ou destrutivos, podem envenenar a atmosfera mental. Nossos pensamentos são mais poderosos do que, geralmente, se acredita. Daí a necessidade de um uso criativo e construtivo deste poder.

O universo é a expressão de um plano e propósitos divinos. Não é uma “concorrência fortuita de átomos”, mas o desenvolvimento de um elevado desenho ou padrão. Quando nos tornamos conscientes da necessidade de que formas de energias positivas e construtivas circulem, nos convertemos em colaboradores conscientes do Plano Divino. Nestes momentos, começamos a reconhecer mais nitidamente a realidade do mundo mental e a trabalhar mais conscientemente para sermos capazes de registrar e responder às idéias e princípios fundamentais, que estão tentando se manifestar no mundo e que formam parte das linhas de ação de um Plano. Começamos a darmos conta, também, da existência daqueles que poderiam ser denominados “Os Guardiões do Plano” (a Hierarquia Espiritual) cuja tarefa é a preparação das diretrizes do Plano para que a humanidade as utilize e desenvolva. Identificamo-nos e nos associamos com o processo criador universal, compartilhado pela Hierarquia espiritual e por todos os pensadores criativos, cujo trabalho está inspirado pelo amor e o serviço.

Qualquer um pode cooperar na tarefa para que “o Plano se expresse por meio do pensamento”. Os objetivos fundamentais do Plano são: que a luz ilumine nossas mentes, que o amor governe todas as relações e que a vontade de Deus dirija os assuntos dos homens e mulheres. Todos aqueles que realmente procuram amar e servir a humanidade estão cooperando com o Plano. As pessoas que conhecem o poder do pensamento e que podem começar a trabalhar com a energia do pensamento, no plano mental, podem desenvolver um papel adicional criativo.

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O Corpo Etérico


Graças a esta teoria especial da relatividade foi possível provar, cientificamente, que no universo físico conhecido tudo é energia. Este descobrimento desacreditou os conceitos e explicações materialistas sobre o universo. Porque nada existe no universo manifestado planetário solar ou nos diversos reinos da natureza que não possua uma forma de energia, sutil e intangível e, sem embargo, substancial. Considera-se que tudo o que existe é energia; o manifestado é expressão de um conglomerado de energias, com algumas das quais se constroem formas, outras constituem o meio em que tais formas vivem, se movem e têm seu ser, e ainda há outras no processo de vivificar tanto as formas como o meio em que se desenvolvem. Deve ser recordado que as formas existem dentro de outras formas. Uma pessoa, sentada em seu aposento, é uma forma dentro de outra forma; o aposento em si mesmo é uma forma dentro de uma residência e essa residência (por sua vez outra forma) é, provavelmente, uma mais entre muitas outras similares, colocadas umas por sobre as outras, ou também umas ao lado de outras, constituindo entre todas uma forma ainda maior. Entretanto, todas estas diversas formas estão compostas de substância tangível que, quando coordenada e agrupada segundo algum desenho conhecido ou idéia na mente de algum pensador, cria uma forma material. Esta substância tangível está composta de energias vivas, que vibram ao se relacionar uma com as outras e que, ao mesmo tempo, mantém sua qualidade própria e a vida que as caracteriza.


Vivemos imersos num oceano de energias, embora nem sempre somos conscientes deste fato. Nós mesmos somos um cúmulo de energias, as quais se encontram intimamente inter-relacionadas e constituem o corpo sintético de nosso planeta. A este corpo energético denominamos etérico. O corpo energético etérico de cada ser humano é uma parte integrante do corpo etérico planetário e, conseqüentemente, do sistema solar. Deste modo, cada ser humano está relacionado, essencialmente, com todas as demais expressões divinas da vida, sejam pequenas ou grandes. De fato, o corpo energético de qualquer forma da natureza é parte integrante da forma substancial da vida universal única, do próprio Deus.

O corpo etérico não é nenhuma outra coisa senão energia. Sua função é receber e transmitir impulsos energéticos de distintas classes e graus, pondo-se em atividade graças a estes impulsos ou correntes de força. Proporciona a base necessária para os distintos tipos e níveis de interação telepática e para todas as formas de trabalho subjetivo e relações entre grupos e indivíduos. O corpo etérico também proporciona o nexo entre os impulsos mentais e emocionais, assim como o mundo da forma física exterior. As energias estão constantemente circulando através da rede do corpo etérico, condicionando e determinando a expressão externa, assim como as atividades e qualidades de todas as formas viventes. Isto é aplicável tanto aos seres humanos, individualmente, como aos grupos, à humanidade em conjunto, ao planeta e também mais além deste.

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A Energia Segue o Pensamento


Tudo é Energia

Na sociedade atual nos encontramos constantemente com o conceito de energia. Entretanto, pouca gente se detém a considerar quê se entende por este termo.

A palavra vem do grego “energos”, que significa “ativo”. A energia é, portanto, a capacidade para a atividade vital e, desde tempos remotos, este conceito de energia vem sendo aplicando a uma área cada vez maior de conhecimentos e atividades humanas. Durante muito tempo, este conceito foi utilizado em relação com acontecimentos físicos, e mais tarde entrou também na formação de outros campos, tais como a psicologia, a economia e a sociologia. Do conceito de energia como uma força viva distribuída de forma geral, uma linha direta de desenvolvimento nos conduz a todas as diferentes esferas da vida humana.

O conceito científico de energia tem sido aquele em que mais se desenvolveu e utilizou o conceito de energia. A idéia de que tudo é energia, em estados e condições mutáveis, deu lugar a uma síntese no pensamento científico e a uma nova compreensão das forças do universo. Isto nem sempre foi assim. No Século XIX a energia era considerada como o resultado do movimento de corpos ou partículas materiais (energia cinética ou atual) ou como resultado da posição de um fragmento de matéria em relação a outros fragmentos de matéria (energia potencial). Expressou-se isto por meio de duas grandes leis: a lei da Conservação da Massa, que em resumo expressava que a massa (a quantidade de matéria num corpo) era indestrutível, e a lei da Conservação da Energia, que basicamente postulava que a soma total de energia no universo era constante.

Considerava-se que os conceitos de massa ou matéria e de energia eram independentes, e destes dois conceitos acreditava-se que o da matéria era o mais básico e fundamental para nossa compreensão do universo. Mas em 1905 Einstein demonstrou com sua “teoria especial da relatividade” que a massa em si mesma é uma forma de energia, que a massa e a energia são de fato intercambiáveis, e que se relacionam segundo a fórmula E=mc2, onde “E” é igual energia, “m” é igual massa, e “c” é igual velocidade da luz. Assim, “se a matéria se desfaz de sua massa e viaja à velocidade da luz, recebe a denominação de energia. E, o inverso, se a energia se solidifica e imobiliza, podendo-se determinar sua massa, recebe o nome de matéria” (O Universo e o Dr. Einstein, de Lincoln Barnett). A lei da Conservação da Massa teve que abandonar o lugar preponderante onde foi colocada, para que o conceito de Energia assumisse sua legítima importância.

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Kundaline e Energia Sexual


1) - O fogo latente ou interior produz o calor interno que faz o sistema solar fértil de todas as formas de vida. É o calor inerente que causa toda fertilização, quer humana, animal ou vegetal.

... O fogo latente humano, o calor interno do corpo humano, causa a produção de outras formas de vida, tais como:

A – As células do corpo físico.
B – Os organismos nutridos pelo calor latente.
C – A reprodução de si mesmo em outras formas humanas, base da função sexual. (Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, pág. 53)

2) - Se alguém, pelo poder da vontade ou por meio de um super-desenvolvimento do aspecto mental do seu temperamento, adquire o poder de fundir os fogos da matéria e impeli-los à ação, encontra-se em perigo de obsessão, loucura, morte física, ou de terrível enfermidade em alguma parte do seu corpo, e também corre o risco de um super-desenvolvimento do impulso sexual através da condução da força de maneira irregular para cima, ou forçando a sua radiação para centros não desejados. A razão disto é que a matéria do seu corpo não está suficientemente pura para resistir a união das chamas, e o canal de ascensão da coluna vertebral ainda está obstruído e bloqueado, e então atua como uma barreira, retornando a chama para trás e para baixo, e que a chama (conjunto resultante do poder da mente e não associado ao fluxo de descida do plano do espírito), permite, através da combustão etérica, a entrada de forças, correntes e entidades indesejáveis e estranhas. Estas destroem, rompem e arruínam o que resta do veículo etérico, do tecido do cérebro e até do próprio corpo físico denso. (Idem, pág. 126)

3) - Ocupei-me destes detalhes porque a prática dos exercícios de respiração movimenta definitivamente as forças que fluem através dos “nadis” e reorganiza-as – geralmente de maneira prematura. Acelera o processo de derrubar as barreiras que separam as quatro forças da quinta energia e precipita a destruição, pelo fogo, da tela etérica protetora ao longo da coluna vertebral. Se é isto feito enquanto a ênfase da vida está centrada abaixo do diafragma, e o homem nem sequer é um aspirante ou pessoa inteligente, então isso causará uma estimulação exagerada da vida sexual, e também abre o plano astral, de onde virão numerosas perturbações físicas e doenças. No sentido oculto, esta prática “libera os fogos inferiores e o homem será destruído pelo fogo”; ele não será então (como está projetado) a “sarça ardente que arde eternamente e que não pode ser destruída”. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 595)

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0 Sexo na Nova Era


É sempre perigoso profetizar, porém uma previsão, a partir das tendências generalizadas, do momento, é muitas vezes possível.

Durante os próximos duzentos anos, as velhas influências sob as quais temos vivido desaparecerão paulatinamente, e novas potências farão sentir sua presença. Sabemos que três coisas caracterizarão a próxima Era de Aquário, e elas serão possíveis graças a influência dos três planetas que governam os três decanatos deste signo. Primeiro teremos a atividade de Saturno, que produz a divisão dos caminhos e oferece a oportunidade aos homens que disso se possam valer. Teremos, portanto, um período de disciplina e um ciclo em que as escolhas serão feitas, e através dessas decisões discriminatórias a humanidade tomará posse de seu direito inato. Esta influência já se faz sentir fortemente.

A seguir, no segundo decanato, através da influência de Mercúrio, teremos um influxo de luz, de iluminação mental e espiritual, e uma interpretação mais real dos ensinamentos da Loja dos Mensageiros. O trabalho do primeiro decanato capacitará muitos a fazer as escolhas e esforços que lhes permitirão erguer as energias inferiores para os centros superiores, e transferir o foco de sua atenção da área abaixo do diafragma para a área acima. O trabalho do segundo decanato permitirá, àqueles que estiverem assim prontos, fundir a personalidade com a alma, e então, como foi destacado anteriormente, a luz brilhará e o Cristo nascerá dentro deles.

Durante o terceiro decanato veremos a lei da Fraternidade inaugurar-se, Vênus controlando pelo amor inteligente; o grupo – não o indivíduo – será a unidade importante, e o altruísmo e a cooperação tomarão o lugar da separatividade e da competição.

Em nenhum outro departamento da vida essas grandes mudanças se mostrarão com maior potência do que na atitude do homem em relação ao sexo, e no reajustamento da relação conjugal. Esta nova atitude surgirá à proporção que o lento desenvolvimento científico da psicologia se complete. Quando o homem vier a entender sua tríplice natureza e à medida que a natureza da consciência e a profundidade de sua própria vida subconsciente sejam realmente melhor entendidas, surgirá gradual e automaticamente uma mudança de atitude dos homens em relação às mulheres, e das mulheres em relação ao seu destino. Esta necessária mudança não se dará como resultado de medidas legais ou de decisões tomadas pelos representantes dos povos para fazer frente às calamidades do momento; estas mudanças far-se-ão sentir lentamente, como resultado do interesse inteligente das próximas três gerações. Os jovens que agora estão encarnando, e os que o fizer durante o século seguinte, provarão estar bem equipados para lidar com o problema do sexo, porque eles poderão ver mais claramente do que as gerações mais velhas e pensarão em termos mais vastos do que é comum hoje. Eles terão maior consciência grupal, e serão menos individualistas e egoístas; estarão mais interessados em idéias novas do que em velhas teologias; estarão mais livres de preconceitos e menos intolerantes do que a massa de pessoas bem-intencionadas hoje. A psicologia está apenas dando os primeiros passos, e somente agora sua função começa a ser entendida; dentro de cem anos, todavia, será a ciência predominante; e os mais novos sistemas educacionais, baseados na psicologia científica, terão completamente sobrepujado nossos métodos modernos. A ênfase, no futuro, será sobre o propósito determinante da vida do homem. Isto acontecerá através da compreensão do seu equipamento (e desta, a psicologia vocacional é o primeiro e ainda vago começo); através do estudo de seu horóscopo; através de um treinamento correto em controle mental, assim como o treinamento da memória para a retenção de informações. Os processos pelos quais ele pode integrar sua personalidade e elevar e purificar suas qualidades serão alvo de cuidadosa atenção, tudo com a finalidade de torná-lo consciente do grupo e útil ao mesmo. Este e o fator importante. Síntese, pureza física, descentralização e bem-estar do grupo serão a tônica do ensino ministrado. O controle emocional e o reto pensar serão inculcados e onde estes estiverem presentes, o conhecimento das realidades espirituais será automaticamente adquirido e a vida subordinada ao propósito grupal. As relações recíprocas dos homens serão então inteligentemente direcionadas, e sua relação com o sexo oposto será guiada não só pelo amor e desejo, como também por uma apreciação intelectual ordenada do verdadeiro significado do casamento. O que foi dito aplica-se à maioria inteligente, bem-intencionada, cujos padrões terão evoluído com o passar das décadas, de modo que eles possam encarnar os sonhos e ideais dos mais adiantados visionários de hoje. Os irrefletidos, os ociosos e os estúpidos continuarão a existir, porém a evolução prossegue a passo acelerado, e a ordem está em seu caminho.

Que leis serão decretadas para o controle do povo sobre este difícil assunto do sexo, não sei dizer; que leis regerão o casamento, não faz parte do meu propósito prever; como a legislatura das nações se comportará face ao problema, resta saber. Não estou interessado em especulações.

Mas eu posso estabelecer – e aqui o farei – as premissas básicas que fundamentarão o melhor pensamento do futuro sobre o problema do sexo e do casamento. São três, as premissas, que quando forem integradas ao pensamento do período, formando a base de todos os padrões de vida compatível, então os detalhes de como, onde e quando se delinearão por si mesmos.

1. A relação dos sexos e sua abordagem da relação conjugal será feita como uma parcela da vida grupal e para servir ao bem do grupo; isto não será o resultado de leis reguladoras do matrimonio, mas um resultado da educação em relações grupais, serviço e lei do amor, entendidos de forma prática e não apenas sentimental. Os homens e mulheres reconhecer-se-ão como células num organismo vital, e suas atividades e pontos de vista serão coloridos por este conhecimento. A relação sexual será olhada como um fato da natureza e produto de passados ciclos evolutivos e não como uma teoria e esperança, como é hoje o caso. O que for melhor para o grupo, e o que for necessário para promover a eficiência da unidade no grupo, serão os pontos a considerar. Cada vez mais os homens viverão no mundo do pensamento e da compreensão, e não tanto no mundo do desejo descontrolado e do instinto animal; o amor dos homens pelas mulheres e das mulheres pelos homens estará mais verdadeiramente presente do que atualmente, pois será, não puramente emocional, mas também baseado na inteligência.

Quando o impulso criativo se voltar do sacro para o centro da garganta, o homem viverá menos potentemente nos seus impulsos sexuais físicos, e mais consistentemente na sua expressão criativa. Sua vida no plano físico prosseguirá normalmente, porém é preciso que o homem compreenda que o modo pelo qual ele hoje satisfaz sua natureza sexual é anormal e desregulado, e que estamos a caminho da sábia normalidade. A ânsia pelo prazer egoísta e satisfação de um impulso animal, impulso este correto quando regulado, e devastadoramente errado quando prostituído somente para o prazer, dará lugar a uma decisão mútua entre os parceiros. A decisão irá de encontro a uma nova necessidade natural de modo regulado, correto e adequado. Hoje, um ou outro parceiro é geralmente sacrificado, seja por indevida abstinência ou por inconveniente libertinagem.

2. A segunda regra baseia-se no ponto de evolução que, para sua correta efetivação, necessita da verdadeira integração da personalidade. Esta regra pode ser expressa da seguinte maneira: o verdadeiro casamento e a correta relação sexual devem envolver todos os três aspectos da natureza do homem; haverá, ao mesmo tempo, um encontro nos três níveis de consciência – físico, emocional e mental. Um homem e uma mulher, para estarem felizes e realmente casados, têm que ser complemento um do outro nos três departamentos de sua natureza, e terá que haver uma união simultânea dos três. Quão raro é este o caso, e quão difícil de ser encontrado! Não preciso estender-me mais, pois essa verdade é óbvia e tem sido apontada amiúde. Num futuro bastante distante, veremos casamentos que serão baseados no ponto de desenvolvimento da personalidade integrada, e só se encontrarão no ritual sagrado do casamento aqueles que houverem alcançado o mesmo ponto no trabalho de transmutação dos centros inferiores para os superiores; será considerado indesejável um casamento em que uma das partes esteja vivendo a vida da personalidade purificada acima do diafragma, e a outra, a vida do animal inteligente abaixo do diafragma. Finalmente, uns poucos escolherão seus pares dentre aqueles em quem o Cristo renasceu, e que estão expressando a vida do Cristo. Porem, exceto por alguns casos raros e esparsos, esse tempo ainda não é chegado.

3. O terceiro princípio governante será o desejo de prover os egos encarnantes com corpos saudáveis, bons e limpos. Isto hoje não é possível devido ao nosso mal-regulado sistema de cohabitação. A maioria das crianças nascida agora veio à existência acidentalmente, ou não eram desejadas, mas mesmo nesses casos, esse desejo é baseado em razões de hereditariedade, bens a serem legados, um antigo nome a perpetuar, uma ambição não realizada a ser satisfeita; contudo, o dia dos nascimentos ordenados e desejados aproxima-se, e quando chegar, tornará possível a mais rápida encarnação de discípulos e iniciados. A correta preparação terá prioridade sobre qualquer satisfação do impulso sexual, e as almas serão atraídas para seus pais pela urgência do desejo dos pais, a pureza dos seus motivos e a força de seu trabalho preparatório.

Quando estes três motivos forem cuidadosamente estudados, e quando homens e mulheres moldarem sua relação no plano físico às suas responsabilidades grupais, à sua união nos três planos simultaneamente, e à oferta de oportunidade a almas encarnantes, veremos então a restauração do aspecto espiritual do casamento. Veremos a chegada daquela era em que a boa vontade será a principal característica, e na qual o propósito egoísta e o instinto animal ficarão para trás.

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A Energia Sexual


1) - O sexo é, na verdade, apenas a relação da natureza inferior com o Eu superior; ele é então erguido à luz do dia para que o homem possa alcançar a completa união com a divindade. O homem descobre que o sexo (até então unicamente uma função física, às vezes realizada sob o impulso do amor) é elevado ao seu correto plano como o casamento divino, realizado e consumado nos níveis e consciência da alma. É esta a grande verdade que está por trás da sórdida história da expressão do sexo, da magia sexual e das distorções da moderna magia tântrica. A humanidade rebaixou o simbolismo e em seus pensamentos degradou o sexo a uma função animal e deixou de elevá-lo ao reino do mistério simbólico. Os homens procuraram, através da expressão física, produzir a fusão interna e a harmonia que tanto desejam, mas tal não pode ser feito. O sexo é apenas o símbolo de uma dualidade interna, que precisa, ela própria, ser transcendida e trazida à unidade. Não é transcendida por meios físicos ou por rituais. É uma transcendência na consciência. (Astrologia Esotérica, pág. 385)

2) - A força da atração sexual é uma atração do plano físico e um retrocesso de um tipo de energia involutiva no caminho de retorno. Cosmicamente falando, ela se manifesta como a força atrativa entre o espírito e a matéria; espiritualmente falando, ela é demonstrada como a atividade da alma, ao procurar levar o ser inferior à plena realização. Fisicamente falando, é o impulso que tende a unir o macho e a fêmea com o propósito da procriação. Quando o homem era puramente animal, não havia pecado envolvido. Quando a este impulso foi acrescentado o desejo emocional, então o pecado se instalou e o propósito pelo qual o impulso se manifestava foi pervertido para o da satisfação do desejo. Agora que a raça é mais mental e a força da mente está se fazendo sentir no corpo humano, uma situação ainda mais séria se apresenta, que somente poderá ser resolvida seguramente quando a alma assumir o controle de seu instrumento tríplice. (Um Tratado Sobre Magia Branca, pág. 242)

3) - Nós vivemos num mundo de formas. Estas formas são constituídas de vidas e estas vidas têm sua própria influência emanadora e contribuinte. Elas se enquadram, por sua vez, em três grupos principais:

a) Aquelas emanações que, nascendo das próprias células e dependente de sua qualidade, produzem um bom ou mau efeito, se embrutecem ou se refinam em sua influência e elevam ou rebaixam vibração física do corpo celular unido. Assim, como nós bem sabemos, o efeito físico de um homem com uma natureza animal bruta e grosseira será diferente dos resultados embelezadores e refinadores do contato com uma alma mais velha, funcionando num corpo limpo, disciplinado, aculturado e purificado.

b) Aquelas emanações, de uma espécie puramente física, que são responsáveis pela afinidade química entre dois corpos animais, que produz a atração dos sexos. É um aspecto do magnetismo animal e é a resposta das células ao chamado de outras células, agindo sob a Lei da Atração e Repulsão. Ele é compartilhado pelo homem com os animais e é instintivo e livre de todas as reações mentais.

c) Aquelas forças ou emanações, que são a resposta das células aos ritmos harmoniosos e por isso dependentes da circunstância de ter uma célula em si mesma, algo daquilo a que ela responde. Estas emanações são ainda pouco compreendidas mas se manifestarão à medida que a raça progrida. Este tipo de força é aquela coisa misteriosa que permite que o corpo físico identifique como harmonioso ou afim um ambiente ou circunstância física, por exemplo. É aquela indefinível reação que faz com que dois seres humanos (fora de toda atração sexual, pois pessoas do mesmo sexo a experimentam uma em relação à outra) tenham um efeito físico harmônico recíproco. Esta é, no plano externo, a base esotérica para toda relação grupal e é a compreensão destas emanações que capacita o isolamento e a segregação de raças a continuar existindo sob o grande plano evolutivo. (Idem, pág. 282)

4) - A relação entre os corpos físicos masculino e feminino, chamada pelo homem, a relação sexual e considerada de tão fundamental importância neste tempo. No vale da ilusão, o símbolo muitas vezes ocupa a atenção e aquilo que ele representa é esquecido. Na solução deste relacionamento virá a iniciação racial e é com isto que a humanidade está agora ocupada. (Idem, pág. 86)

5) - O instinto do sexo tem sua principal raiz no medo da separatividade e do isolamento e numa revolta contra a unidade separativa no plano físico, contra a solidão; e resultou no desenvolvimento da raça e na conservação e propagação das formas através das quais a raça vem à manifestação. (Idem, pág. 626)

6) - O instinto sexual elaborou e encontrou sua consumação lógica no relacionamento – conscientemente realizado – da alma e do corpo. Esta é a nota chave do misticismo e da religião, que é hoje, como sempre, a expressão da Lei da Atração, não como ela se expressa através do casamento do plano físico, mas da maneira como encontra sua consumação (para o homem) no casamento sublime realizado com o intento consciente entra a alma positiva e a forma negativa e receptiva. (Idem, pág. 628)

Integração Subjetiva. Corretas Relações Humanas

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